O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou, este domingo, que as negociações entre Kiev e Moscovo vão ter lugar na fronteira entre a Bielorrússia e a Ucrânia.
De acordo com a SkyNews, uma informação do gabinete do chefe de Estado deu conta que as duas delegações de vão reunir sem "pré-condições" junto ao rio em Pripyat - trata-se de uma 'cidade fantasma' ainda em território ucraniano, junto à central nuclear desativada de Chernobyl, onde ocorreu o maior desastre nuclear da História.
"Alexander Lukashenko assumiu a responsabilidade de garantir que todos os aviões, helicópteros e mísseis estacionados em território bielorrusso permanecem no solo durante a viagem, as conversas e o retorno da delegação ucraniana", diz ainda o mesmo comunicado.
Tal foi conhecido após Zelensky e Alexander Lukashenko, o presidente bielorrusso, terem mantido uma conversa durante esta tarde.
Numa anterior declaração, o Presidente ucraniano havia afirmado que o seu país estava pronto para negociações de paz com a Rússia, na Polónia, Hungria, Turquia ou Azerbaijão, ou em qualquer outro país, mas não "de onde mandam mísseis" em direção à Ucrânia, numa referência à Bielorrússia.
Zelensky tinha já também, através de uma mensagem de vídeo, reagido às informações avançadas pelo Kremlin, segundo as quais uma delegação russa tinha chegado hoje à cidade bielorrussa de Gomel para conversações com responsáveis do governo ucraniano. O chefe de Estado disse-se disposto a negociar, mas não em Minsk.
De recordar que a Rússia invadiu a Ucrânia na quinta-feira, através da Bielorrússia ao norte, da Crimeia, território ucraniano que anexou em 2014, ao sul, e do território russo a nordeste e a leste. As autoridades ucranianas disseram hoje que pelo menos 198 pessoas foram mortas, incluindo civis, desde o início do ataque russo.
[Notícia atualizada às 13h58]
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