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Membros da missão diplomática russa na ONU expulsos dos EUA

O embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, anunciou hoje que 12 membros da sua missão diplomática receberam ordens para deixar os Estados Unidos até final de março.

Membros da missão diplomática russa na ONU expulsos dos EUA
Notícias ao Minuto

20:12 - 28/02/22 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

Numa declaração emitida após o anúncio pelo embaixador russo, o Departamento de Estado afirmou que o processo de expulsão visa "doze agentes de informações da Missão Russa que abusaram dos seus privilégios de residência nos Estados Unidos e envolveram-se em atividades de espionagem que são adversas à segurança nacional" norte-americana.

"Estamos a tomar esta ação conforme o Acordo de Sede da ONU. Esta ação está em desenvolvimento há vários meses", adianta o Departamento de Estado.

No início de uma conferência de imprensa, Nebenzia, cujo país presidiu durante o mês de fevereiro ao Conselho de Segurança da ONU, indicou que acabava de tomar conhecimento da expulsão notificada pelos Estados Unidos.

Questionado pela imprensa, o embaixador russo disse estar convencido de que seu país responderá com reciprocidade, como é habitual nesse tipo de crise diplomática.

Nebenzia tem sido um dos principais protagonistas diplomáticos na crise desencadeada pela invasão russa da Ucrânia, tendo declarado no Conselho de Segurança, enquanto a Rússia iniciava a invasão do país vizinho, que uma invasão nunca teria lugar. 

Na sexta-feira, o diplomata russo exerceu o direito de veto - isoladamente e numa votação com três abstenções - bloqueando uma resolução que condenaria a invasão da Ucrânia, e motivando os outros membros do Conselho a pedir uma reunião de urgência da Assembleia Geral sobre a crise de segurança e humanitária ucraniana, que ainda decorre.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo. 

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