"Acho que não há dúvida de que no Estado da União, o povo americano e qualquer pessoa que assista em todo o mundo ouvirá o Presidente falar sobre os esforços que liderou nos últimos meses para construir uma coligação global para lutar contra a autocracia e os esforços do Presidente [da Rússia, Vladimir] Putin para invadir um país estrangeiro", afirmou a porta-voz, Jen Psaki, à rede ABC no domingo.
Ainda de acordo com Jen Psaki, os Estados Unidos ouvirão também Joe Biden manifestar "o seu otimismo e crença na resiliência e na força do povo norte-americano".
Biden fará hoje o seu primeiro discurso sobre o Estado da União, o tradicional pronunciamento anual dos Presidentes dos Estados Unidos no Congresso, num momento em que os seus níveis de popularidade estão em queda.
De acordo com a última sondagem publicada pela rede ABC, o seu índice de aprovação - que começou a cair no verão passado após a retirada caótica do Afeganistão - recuou para apenas 37%, num contexto de forte aumento da inflação e persistência da pandemia de covid-19.
Biden tentará assim reacender a confiança do povo norte-americano, além de resgatar o otimismo que se tornou a sua imagem de marca, em mais de quarenta anos de carreira política.
Entre os sucessos que poderá elencar a seu favor, o 46º presidente dos Estados Unidos tem a melhoria da economia e do emprego, o lançamento de um plano maciço de investimentos em infraestruturas, e a recente nomeação para o Supremo Tribunal de uma juíza negra - Ketanji Brown Jackson - pela primeira vez.
No plano internacional, a invasão da Ucrânia permitiu a Joe Biden estreitar os laços entre os Estados Unidos e os seus aliados ocidentais, perante a ameaça à segurança internacional representada pela Rússia.
O discurso do Estado da União de hoje será o mais tardio feito por um Presidente norte-americano, uma vez que é habitualmente marcado para janeiro ou, em alguns casos, para fevereiro.
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