"Neste dia importante, tenho o prazer de anunciar que o Presidente Zelenskyy irá dirigir-se a nós em breve [...] e, senhor presidente, quero agradecer-lhe por mostrar ao mundo o que significa estar de pé e por nos ter recordado os perigos da complacência", vincou Roberta Metsola.
Intervindo em Bruxelas na sessão plenária extraordinária da assembleia europeia dedicada aos confrontos na Ucrânia, devido à invasão russa do país na semana passada, a líder do Parlamento Europeu condenou que este debate surja em altura de "sombra escura lançada pela guerra de [Vladimir] Putin".
"Uma guerra que não provocámos. Uma guerra que não começámos. Uma invasão escandalosa de um Estado soberano e independente", lamentou.
Em nome do Parlamento Europeu, a responsável condenou ainda "a agressão militar russa contra a Ucrânia nos termos mais fortes possíveis", expressando a sua "solidariedade para com todos os que sofrem e a todos os que morrem".
"A mensagem da Europa é clara: vamos erguer-nos e não desviaremos o olhar sobre aqueles que lutam nas ruas pelos nossos valores enfrentarem a maciça máquina de guerra de Putin", adiantou, vincando que o Parlamento Europeu irá "apoiar a jurisdição do Tribunal Penal Internacional e a investigação dos crimes de guerra na Ucrânia".
"Vamos responsabilizá-lo [a Putin], assim como vamos responsabilizar Lukashenko", o Presidente bielorrusso, adiantou Roberta Metsola.
"Estamos perante uma ameaça existencial para a Europa que conhecemos, a Europa pela qual tantos têm dado tanto", concluiu.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
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