Espanha vai enviar armamento à Ucrânia. "Putin despreza a democracia"

Anúncio foi feito pelo primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, que informou ainda que o país vai declarar a Rússia um paraíso fiscal.

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Tomásia Sousa
02/03/2022 08:59 ‧ 02/03/2022 por Tomásia Sousa

Mundo

Ucrânia

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou esta quarta-feira que Espanha vai enviar armas à Ucrânia, além do contributo para o envio de armamento já feito no âmbito da União Europeia (UE).

"A Espanha vai apoiar a Ucrânia para enfrentar o ataque. Pretendo fornecer à Ucrânia toda a ajuda e apoio possíveis. O Governo foi mobilizado desde o primeiro momento", informou  durante uma intervenção na Câmara dos Deputados espanhola.

"A invasão russa da Ucrânia é um atentado à legalidade internacional, mas encontrou rejeição internacional. A Espanha sempre entendeu que este ataque é à Europa, aos seus valores. É por isso que apoiamos a ativação do Fundo Europeu para a Paz. A Espanha é o quarto doador desse fundo. Temos de dar uma resposta europeia a uma ameaça europeia. Espanha vai entregar material militar ofensivo à resistência ucraniana", anunciou Pedro Sánchez. 

Durante a sessão plenária da Câmara dos Deputados para informar sobre a posição de Espanha em relação ao conflito na Ucrânia, Sanchez defendeu que a "Europa é a personificação do multilateralismo" e do "Estado de Direito".

"A UE está a tentar apoiar a consolidação da democracia. Putin teme a Europa porque teme a democracia, por isso ataca a Europa. É por isso que ele quer acabar com a construção de uma Europa forte. Putin despreza a democracia. O que está em jogo é a força da União Europeia", considerou.

O primeiro-ministro espanhol expressou "solidariedade com o povo russo". "Estou convencido de que o povo russo não quer a guerra. Quero pedir a Putin que liberte imediatamente todas as pessoas detidas arbitrariamente", apelou Sánchez.

O chefe de Governo anunciou ainda que a Espanha vai declarar a Rússia como um paraíso fiscal e acrescentou que "Putin lembrou-nos que a NATO é mais necessária do que nunca".

 

 

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 830 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.

Leia Também: AO MINUTO: Ataques continuam em Kharkiv; Negociações continuam hoje

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