O embaixador ucraniano na ONU, Sergiy Kysly, falou, na tarde desta quarta-feira, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. "O objetivo da Rússia não é apenas uma ocupação - é um genocídio", começou por dizer, recordando os crimes de guerra que têm sido cometidos durante a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Falando nas Nações Unidas, o diplomata apelou a que outros países para que se dispusessem a deter a Rússia, referindo que este é um "momento de definição para a nossa geração" e que agora "cabe-nos salvar as gerações futuras".
Num discurso bastante aplaudido, comparou Vladimir Putin a Hitler, dizendo que este "veio para privar a Ucrânia do próprio direito de existir" e apela a que o mundo aja antes que seja demasiado tarde.
"Há mais de 80 anos outro ditador tentou resolver os problemas com outras pessoas. Falhou quando o mundo respondeu de forma resoluta e unida e o atraso custou a vida de dezenas de milhões de pessoas. Estamos dispostos a pagar esse preço agora?", questionou.
Os discursos de Sergiy Kyslytsya têm sido amplamente elogiados desde que a invasão russa teve início. Já na segunda-feira comparou as ações do regime de Vladimir Putin às do Terceiro Reich dizendo que "se ele se quer matar, não precisa de utilizar arsenal nuclear".
A Rússia lançou na passada quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades. As tropas russas mataram mais de 2.000 civis desde o início da invasão da Ucrânia, anunciaram hoje as autoridades de Kyiv.
[Notícia atualizada às 16h59]
Leia Também: Ucrânia. OMS preocupada com relatos de ataques contra hospitais