Autoridades relatam forte explosão perto de estação ferroviária em Kyiv

A autoridades ucranianas relataram hoje uma forte explosão em Kyiv, entre a estação ferroviária do sul da capital da Ucrânia e o hotel Ibis, numa zona próxima do Ministério da Defesa.

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Lusa
02/03/2022 20:46 ‧ 02/03/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

O gabinete do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse à agência de notícias AP na noite de hoje que foi um ataque com mísseis. A Presidência ucraniana adiantou que não ficou claro se houve vítimas ou onde o míssil atingiu exatamente.

A Rússia voltou hoje a bombardear Kharkiv, a segunda maior cidade ucraniana, num ataque que matou pelo menos 21 pessoas e feriu 112, destruindo diversos prédios, informaram autoridades ucranianas.

"Kharkiv é hoje a Estalinegrado do século XXI", disse Oleksiy Arestovich, alto conselheiro da Presidência ucraniana, fazendo a comparação com um episódio histórico, quando, durante cinco meses, o Exército soviético defendeu aquela cidade russa das forças nazis, durante a Segunda Guerra Mundial.

Os ataques russos, muitos com mísseis, fizeram explodir o telhado do prédio da sede da polícia regional em Kharkiv e também atingiram a sede dos serviços de informações e um prédio da universidade, para além de edifícios residenciais, de acordo com autoridades ucranianas.

Arestovich disse que, durante o ataque, vários aviões russos foram abatidos, embora esta informação não possa ser confirmada por agências independentes.

O Serviço de Emergência do Estado ucraniano informou que mais de 2.000 civis foram mortos, mas tal também não pode ser verificado de forma independente.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 2.000 civis, incluindo crianças, segundo o mais recente balanço de Kyiv, que não precisa o número de baixas militares. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e de pelo menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia desde o início da invasão.

O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.

Leia Também: Novo bombardeamento em Kharkiv mata pelo menos 21 pessoas

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