"A Islândia é uma ponte vital entre a América do Norte e a Europa. Também ajuda nas atividades de patrulha marítima no Atlântico Norte. É extremamente importante para toda a Aliança", sustentou Stoltenberg.
O líder da Aliança Atlântica agradeceu à primeira-ministra da Islândia, Katrín Jakobsdóttir, nas declarações à imprensa antes de uma reunião.
O responsável da NATO elogiou também as contribuições deste país no apoio à Ucrânia e na sua decisão de implementar sanções contra a Rússia, através do encerramento do seu espaço aéreo para voos russos.
Jens Stoltenberg destacou o importante papel da Islândia na Aliança, como um dos membros fundadores da NATO, e tendo em conta a sua localização estratégica no meio do oceano Atlântico.
A Islândia desenvolve um trabalho para aproximar a América do Norte e a Europa, especialmente agora num momento mais crítico para a segurança europeia nas últimas décadas, acrescentou.
Stoltenberg lembrou que a NATO mantém voos sobre a Islândia para "manter o Atlântico Norte seguro", elogiando ainda o papel do país em questões como as alterações climáticas e segurança.
Já a chefe de governo da Islândia sublinhou que o governo "condenou a invasão russa da Ucrânia nos termos mais fortes possíveis e o parlamento islandês está completamente unido nessa condenação".
Katrín Jakobsdóttir destacou que o seu país decidiu hoje duplicar o seu apoio humanitário à Ucrânia e que está alinhado com a União Europeia e a NATO nas sanções contra Moscovo.
"São antes de tudo os civis - homens, mulheres e crianças - que sofrem", enfatizou, alertando para as mudanças que esta invasão pode ter nos planos estratégicos da Aliança e na situação de segurança na Europa.
Na terça-feira, a França concluiu o destacamento de 500 militares na Roménia, como principal elemento da força de reação rápida da NATO, que os aliados decidiram ativar pela primeira vez para garantir a segurança e postura defensiva do flanco oriental da Aliança Atlântica, perante o ataque da Rússia à Ucrânia.
A NATO divulgou hoje em comunicado que os militares franceses, que estavam concentrados em Istres, no sul de França, chegaram à Roménia entre segunda e terça-feira.
A NATO mobilizou pela primeira vez elementos da sua força de reação rápida, que inclui militares portugueses, para "evitar transgressões em território da NATO".
A França lidera este ano esta força, que como um todo por ser composta por até 40.000 militares, entre forças multinacionais terrestres, aéreas, marítimas ou de operações especiais, e que pode ser implementada a curto prazo.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 100 mil deslocados e pelo menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
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