O governador de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, alertou que a cidade está sob intensos ataques, à medida que as forças russas tentam apoderar-se da região. Nesse sentido, o autarca pediu ajuda militar, acrescentando que a cidade está sem água, eletricidade e quase sem comida, cita a Reuters.
Num apelo televisivo, Vadym Boychenko urgiu ainda à criação de um corredor humanitário, para que os cidadãos sejam retirados.
"Estamos simplesmente a ser destruídos", salientou, após cinco dias de ataques das forças russas.
Esta tarde, os Estados Unidos revelaram que a cidade permanece sob controlo ucraniano, mas as tropas russas continuam avançar e a bombardear Mariupol, causando a falta de bens essenciais.
Recorde-se que a Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kyiv contabilizaram, até ao momento, mais de dois mil civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), os ataques já provocaram mais de 1,2 milhões de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.
O presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
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