"Agentes da ABW (agência de segurança polaca) detiveram um cidadão espanhol de origem russa (...) que foi identificado como um agente da direção geral de informações do Estado Maior das Forças Armadas da Federação Russa", indicaram em comunicado.
"Ele atuava a favor da Rússia, aproveitando-se do seu estatuto de jornalista", acrescentaram.
Identificado como Pablo Gonzalez, o homem foi detido na noite de 27 para 28 de fevereiro, em Przemysl, perto da fronteira polaco-ucraniana, onde estava hospedado há alguns dias, tendo planeada uma viagem à Ucrânia.
Segundo as autoridades polacas, o jornalista detido tinha exercido atividade em Przemysl, no posto fronteiriço de Medyka e em Varsóvia, mas também noutros países, e transportava consigo dois passaportes e dois cartões bancários russos, emitidos em dois nomes diferentes.
O suspeito enfrenta uma sentença de 10 anos de prisão na Polónia.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 1,2 milhões de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
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