De acordo com a OIM, desde o início da ofensiva russa, mais de 1,25 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia, provocando "a maior crise humanitária que a Europa viu desde a Segunda Guerra Mundial".
O organismo liderado pelo português António Vitorino explicou que o apelo visa as populações afetadas nas Ucrânia, Moldova, Roménia, Hungria, Eslováquia e Polónia.
"Visa trabalhar em estreita colaboração com agências parecerias para alcançar pessoas deslocadas internamente, refugiados, cidadãos de países terceiros e as comunidades que os acolhem", indicou em comunicado.
A OIM vai estabelecer um mecanismo de coordenação eficaz que facilite a comunicação entre si, cidadãos de países terceiros e consulados relevantes.
Serão ainda estabelecidos instrumentos de encaminhamento apropriados com organizações não governamentais (ONGs), governos e parceiros para ajudar até 20 mil cidadãos de países terceiros a viajar de forma segura e ordenada para os seus países de origem.
"A OIM vai fornecer abrigo temporário para pessoas deslocadas onde as condições de abrigo forem inadequadas. A organização também vai facultar produtos não alimentares, incluindo assistência para o inverno para garantir uma vida digna e sustentável de peças desenraizadas", realçou.
A OIM adiantou que também planeia apoiar as pessoas que ficaram sem abastecimento de água e infraestruturas de saneamento.
"As hostilidades levantam múltiplas preocupações de proteção. Em resposta, a OIM fornecerá assistência de proteção individual, que inclui gestão de casos para necessidades específicas e maior acesso a informações, como linhas diretas para pessoas em movimento", observou.
A organização também vai fornecer uma ampla gama de serviços de saúde, incluindo consultas de cuidados de saúde primários, triagem e gestão de doenças transmissíveis, cuidados de saúde reprodutiva, materna, infantil e neonatal de emergência e encaminhamentos para unidades de saúde especializadas para populações deslocadas e com acesso restrito.
Além disso, a OIM vai providenciar orçamentos de recurso para prestação de assistência à segurança alimentar e apoiar os governos nacionais e parceiros em trânsito, monitorizando a entrega e o acesso a serviços e proteção às populações afetadas.
A entidade vai também realizar avaliações e rastreamento de mobilidade com o objetivo de facultar estimativas sobre a presença e o número de grupos populacionais afetados no país para compreender e lidar melhor com a crise humanitária.
A OIM é um dos maiores atores humanitários na Ucrânia, possuindo sete escritórios no país. O organismo tem ainda funcionários permanentes e gabinetes em todos os países vizinhos há décadas.
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