S&P Dow Jones vai retirar ações da Rússia dos seus índices na bolsa
A S&P Dow Jones anunciou hoje que vai excluir dos seus índices na bolsa as ações de empresas cotadas ou domiciliadas na Rússia, em consequência das sanções impostas àquele país após a invasão da Ucrânia.
© Shutterstock
Mundo Rússia
A medida, que entra em vigor na próxima quarta-feira, afetará sobretudo os certificados de depósito (ADR, em sigla inglesa), ou seja, investimentos feitos dos Estados Unidos em empresas russas que não estão cotadas em Wall Street, informou a S&P Dow Jones, em comunicado.
A empresa, a que pertencem os índices S&P 500 e Dow Jones, entre outros, também garantiu que deixará de classificar a Rússia como "mercado emergente" e será assinalada como um grupo à parte.
A Bolsa de Nova Iorque (NYSE) anunciou também hoje que vai deixar de trabalhar com três fundos indexados (ETF) russos, o Franklin FTSE Russia ETD (FLRU), o iShares MSCI Russia ETF (ERUS) e o Direxion Daily Russia Bull 2x Shares (RUSL).
Esta medida acontece depois da Bolsa de Nova Iorque decidir, na passada segunda-feira, a suspensão de uma dezena de empresas russas.
As ações depositárias norte-americanas da Cian, Mobile TeleSystems e Mechel, cotadas no NYSE, foram suspensas devido a "questões regulatórias" e os títulos da Qiwi, Yandez, Ozon Holdings, HeadHunter e Nexters, no índice Nasdaq, por "notícias pendentes".
O The Wall Street Journal tinha referido, na altura, que tanto a NYSE como a Nasdaq estavam a estudar o impacto do conflito geopolítico no leste da Europa e as sanções impostas pelo Ocidente a Moscovo, e a suspensão não implicaria sua exclusão dessas bolsas de valores.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
Leia Também: Wall Street fecha em baixa e Dow Jones cai 0,53%, com a guerra na Ucrânia
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com