O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, pediu hoje à União Europeia (UE), Estados Unidos, Canadá e Reino Unido que imponham novas sanções contra a Rússia e que forneçam de imediato aviões de combate à Ucrânia.
"É hora de dar um novo golpe com sanções ainda mais duras à Rússia. Toda a economia russa e Putin [Presidente russo] deviam pessoalmente sentir a dor", assinalou o governante em comunicado.
A informação foi transmitida aos seus homólogos numa intervenção por videoconferência numa reunião do Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, que contou também a presença dos chefes da diplomacia dos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, bem como o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, de acordo com o gabinete de Kuleba.
O ministro dos Negócios Estrangeiros enfatizou a necessidade de impor "uma quarta ronda de sanções da UE contra a Rússia pela sua agressão à Ucrânia, crimes de guerra e ataques bárbaros que destroem cidades ucranianas e ameaçam a infraestrutura crítica, incluindo centrais nucleares".
Na ótica de Kiev, o novo pacote de sanções deverá incluir um embargo ao comércio de petróleo, uma interdição de entrada de navios russos em portos europeus e uma proibição de entrada de navios estrangeiros em portos russos.
Também a desconexão do Serviço de Telecomunicações Financeiras Interbancárias (SWIFT, na sigla em inglês) de novos bancos russos e o congelamento adicional de ativos russo, entre outras restrições.
"Estou agradecido aos meus parceiros pelas duras sanções que já foram impostas, que deram um duro golpe na economia russa", disse Kuleba, acrescentando que "desde a sua implementação, a Rússia cometeu uma série de outros atos bárbaros, incluindo disparos de tanques contra a central nuclear de Energodar [Zaporizhzhia]".
O chefe da diplomacia ucraniana também explicou as necessidades urgentes da Ucrânia de fortalecer as suas capacidades de defesa.
Kuleba pediu aos parceiros que "forneçam de imediato caças à Ucrânia" para proteger as cidades e os civis "dos bárbaros bombardeios e ataques russos".
O governante também pediu aos seus homólogos que continuem e expandam o fornecimento de armas à Ucrânia para uma maior resistência eficaz aos invasores russo, incluindo defesas aéreas, antimísseis e antitanques.
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