O presidente do partido Chadema, Freeman Mbowe, foi detido em julho acusado de terrorismo, num caso descrito pelos apoiantes como um estratagema político para esmagar a dissidência.
Contudo, numa jogada surpresa, os procuradores retiraram as acusações na sexta-feira e um tribunal em Dar-es-Salam libertou Mbowe e os três coacusados após sete meses de detenção.
Na reunião, Hassan "sublinhou a necessidade de trabalhar em conjunto para construir a nação, através da confiança e do respeito mútuo, construindo sobre os alicerces da justiça", disse a presidência tanzaniana, numa declaração divulgada na sexta-feira à noite.
"Devemos construir confiança, garantir justiça para todos e respeitar todos para trazer desenvolvimento ao nosso povo", acrescentou.
Por seu lado, Mbowe agradeceu à Presidente pelo seu "interesse" e comprometeu-se em garantir justiça para todos. "Concordámos em construir confiança entre nós e assegurar a democracia, a fim de avançar com uma política adequada e ajudar o Governo a cumprir bem o seu dever", disse.
Hassan estava sob pressão crescente após as detenções, que tinham lançado dúvidas sobre a abertura democrática esperada no país e no estrangeiro com a sua tomada de posse, em março de 2021, após a morte de John Magufuli, apelidado de "o bulldozer" pelo estilo autoritário.
Segundo o Chadema, os procuradores acusaram Mbowe, de 60 anos, de "financiamento do terrorismo" e envolvimento em "conspiração terrorista" com três outros membros do partido por planear um ataque a um funcionário público e de ter dado 600 mil xelins tanzanianos (220 euros) para organizar ataques a estações de serviço e reuniões públicas.
O líder da oposição, os seus advogados e o partido têm denunciado repetidamente as "acusações infundadas" num "julgamento político" destinado a silenciar um adversário.
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