"Isto mostra a solidariedade que Portugal tem", afirmou o chefe de Estado guineense, recordando a tentativa de golpe de Estado que ocorreu no país e que visava assassinar o chefe de Estado e membros do Governo.
"Portugal é um país irmão e isso vê-se, sobretudo, nesta altura em que a Guiné-Bissau acabou de sair de um momento complicado", afirmou.
Umaro Sissoco Embaló, que falava aos jornalistas no Palácio da Presidência, em Bissau, após um encontro de cerca de uma hora com António Costa, lembrou também que Portugal é a "porta de entrada da Guiné-Bissau na Europa" e que a Guiné-Bissau, juntamente com Cabo Verde, a porta de entrada de Portugal na Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Nas declarações aos jornalistas, o primeiro-ministro reafirmou a "condenação inequívoca" de Portugal à tentativa de golpe de Estado de 01 de fevereiro e que ambos devem assegurar um "longo futuro" para os dois países e povos.
Antes de se deslocar à Presidência da Guiné-Bissau, onde decorre um jantar oferecido à delegação portuguesa pelo chefe de Estado guineense, o primeiro-ministro esteve reunido com a comunidade portuguesa na Embaixada de Portugal.
Aos portugueses em Bissau, o primeiro-ministro agradeceu o que no dia-a-dia nas respetivas atividades "fazem pela presença de Portugal na Guiné-Bissau".
"Todos conhecemos a história, mas o grande desafio que temos é que a história não termine, se possa ir construindo no dia-a-dia", salientou.
Para António Costa, apesar das relações institucionais e de cooperação com a Guiné-Bissau, "há algo que é fundamental", que é a presença de portugueses no país e de guineenses em Portugal.
António Costa chegou hoje a Bissau para uma visita de cerca de 24 horas.
No domingo, antes de partir para Cabo Verde, o primeiro-ministro visita o talhão português do cemitério de Bissau.
O primeiro-ministro viaja acompanhado do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, do ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, do ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, e do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Francisco André.
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