Segundo a agência de notícias espanhola, Olaf Scholz e Úrsula von der Leyen reuniram-se hoje em Berlim, depois de a líder da União Europeia (UE) ter estado sábado em Espanha, onde se encontrou com o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, e discutiram a crise na Ucrânia resultante da invasão da Rússia e especialmente o acolhimento de refugiados.
"Nesta guerra, a Europa está estreitamente unida", escreveu o líder alemão na sua conta da rede social Twitter após o encontro com von der Leyen, cita a Efe.
A coesão quanto à questão do acolhimento dos refugiados ucranianos, salientou Scholz, não é algo "que tenha sido tomado como garantido", aludindo às posições divergentes com que os parceiros da UE responderam a anteriores crises migratórias.
"É evidente que todos os parceiros da UE acolherão agora crianças, mulheres e homens que procuram proteção de uma forma rápida e desburocratizada", acrescentou Scholz.
Olaf Scholz tem estado envolvido em várias reuniões com líderes mundiais, tendo-se encontrado sábado com o primeiro-ministro israelita, Naftali Benet, que se deslocou a Berlim depois de se ter encontrado com o presidente russo Vladimir Putin, em Moscovo.
O encontro entre o primeiro-ministro israelita e o líder do Kremlin, aponta a Efe, durou cerca de três horas e foi seguido de uma conversa telefónica entre Benet e o presidente ucraniano Volodymir Zelenski.
O chanceler alemão já se tinha encontrado com Benet em Jerusalém, três dias antes, e falou por telefone com Putin na sexta-feira.
A invasão da Ucrânia já provocou, segundo a Organização das Nações unidas (ONU) mais de 1,5 milhões de refugiados, sendo que a Polónia recebeu mais de 800.000 mil ucranianos em fuga, enquanto os restantes foram acolhidos pela Roménia, Hungria e Eslováquia, no que diz respeito à UE.
A Efe explica que não existem estimativas fiáveis de quantos refugiados irão para a Alemanha, ou para outros países da EU, mas o semanário alemão Der Spiegel avançou, sábado, com uma previsão de que 225.000 poderiam ir para o país.
A ONU já estimou que a guerra na Ucrânia pode causar 10 milhões de refugiados, mais de um quarto da população da Ucrânia.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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