Boris Johnson defende política "generosa" de imigração para refugiados
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, defendeu hoje a política de imigração do Governo, que qualificou como "generosa", apesar de manter controlos que estão a dificultar a entrada no Reino Unido de refugiados ucranianos.
© Lusa
Mundo Ucrânia/Rússia
"Já temos duas avenidas muito, muito generosas" para receber ucranianos no Reino Unido, afirmou Boris Johnson na televisão, referindo-se ao reagrupamento familiar "que pode potencialmente ver centenas de milhares de pessoas chegarem a este país" e a "rota humanitária".
Embora, de acordo com o Ministério do Interior, apenas "cerca de 50 vistos" tenham sido concedidos na manhã de domingo como parte do programa de reagrupamento familiar para refugiados ucranianos, Boris Johnson assegurou que "milhares de processos" estão a ser avaliados pelos serviços de imigração.
Porém, insistiu que o Reino Unido não deixaria refugiados no Reino Unido "sem quaisquer controlos ou verificações".
Desde sexta-feira, mais de 10.000 refugiados ucranianos já solicitaram a entrada no Reino Unido, de acordo com o Governo.
O ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, criticou no sábado a "resposta totalmente inadequada" e a "falta de humanidade" do Reino Unido perante os refugiados ucranianos retidos em Calais, o porto no norte da França, numa carta à homóloga britânica, Priti Patel.
Desde 28 de fevereiro, 517 ucranianos que fugiram do país tentaram juntar-se às famílias em Inglaterra através do porto de Calais ou do túnel do Canal da Mancha, mas 250 deles, sem vistos, foram recusados pelas autoridades britânicas, anunciou a prefeitura do departamento francês de Pas-de-Calais em comunicado emitido no domingo.
"Estamos a analisar o apoio de que precisamos em França", disse um porta-voz de Downing Street, confirmando que foi sugerido às pessoas que fugirem da Ucrânia para se dirigirem a Paris ou Bruxelas para fazerem os pedidos de visto, já que precisam de fornecer os dados biométricos.
Boris Johnson prometeu "responder" à crise humanitária causada, acusando o Presidente russo, Vladimir Putin, de "insistir na agressividade" e de "decidir atacar cegamente".
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.
Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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