"Tem uma legislação errada feita lá atrás que você tem uma paridade com o preço internacional (...) Isso não pode continuar acontecendo", disse Bolsonaro, durante uma entrevista a uma rádio do estado brasileiro de Roraima.
"Leis feitas erradamente lá atrás atrelaram o preço do barril produzido aqui ao preço lá de fora, esse é o grande problema. Vamos procurar uma solução para isso de forma bastante responsável", acrescentou.
Segundo o Presidente brasileiro, o Governo discutirá hoje alternativas, sem provocar sobressaltos no mercado, com os ministérios da Economia e de Minas e Energia e a Petrobras.
A Petrobras é uma empresa mista, ou seja, tem ações com investidores privados negociadas nas bolsas de valores de São Paulo, Madrid e Nova Iorque, mas o seu controlo permanece no Governo brasileiro.
Uma política chamada Preço de Paridade de Importação (PPI) foi implementada na Petrobras em 2016, durante o governo do ex-presidente Michel Temer, usando preço internacional do petróleo acrescido dos custos logísticos até ao polo de entrega do combustível para formar o preço dos combustíveis no país.
Não há oficialmente monopólio no mercado de petróleo no Brasil, mas a Petrobras é responsável pela refinação da maior parte dos combustíveis, portanto, a sua política de preços afeta toda a cadeia produtiva.
O Brasil já vinha enfrentando uma forte subida no preço dos combustíveis devido à pandemia de covid-19, da instabilidade política e da desvalorizarão da moeda local face ao dólar.
Com o conflito resultado da invasão russa da Ucrânia, a situação deve piorar já que a Rússia é um dos maiores produtores de petróleo do mundo.
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