Chama-se Robert Grady, tem 61 anos e é um avô escocês que poderia ser como outro qualquer. Mas não. Este homem distingue-se por, em plena guerra na Ucrânia, ter deixado a segurança do seu país de origem para ir lutar ao lado dos ucranianos contra as tropas russas.
Grady é um dos 20 mil combatentes estrangeiros - número anunciado no domingo pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia - que se voluntariaram para lutar contra o exército de Putin pela Ucrânia.
Em imagens partilhadas pelo jornal Daily Record é possível ver Grady empunhando uma espingarda e a apelar a que mais voluntários se juntem aos ucranianos contra os russos.
Refira-se que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky apelou anteriormente aos estrangeiros para se juntarem a uma “legião internacional” para defender o país.
"Fui ajudar o povo ucraniano numa guerra criminosa”
No vídeo, Robert indica ter experiência militar anterior e afirma ter viajado para a Ucrânia para ajudar o país "a combater os russos". "Farei tudo o que estiver ao meu alcance para salvar a Ucrânia de Putin", afirma apelando a que mais voluntários se juntem à luta contra esta guerra.
“Eles precisam que todos ajudem, Voluntários, por favor", acrescenta.
Numa mensagem partilhada ao lado do vídeo, segundo o Daily Record, o homem escreve: “Esta foi a minha escolha. Eu sou um homem adulto. Fui à Ucrânia para ajudar o povo ucraniano numa guerra criminosa”.
Recorde-se que a Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar contra a Ucrânia sob pretexto de querer "desnazificar" o país.
De acordo com as autoridades de Kyiv, a guerra, que já conta com 12 dias de destruição, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil e terá já provocado 11 mil baixas entre os soldados russos, informação que o Kremlin não confirma.
Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU, e estima-se que esse número possa vir a aumentar tornando-se esta a maior crise de refugiados na Europa nos últimos anos.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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