"A menção às armas nucleares faz parte da guerra psicológica, não vamos ceder a isso e acho que temos o modelo na resistência dos ucranianos e dos seus líderes, que não demonstram receio e permanecem nos seus postos", disse a chefe de Estado em entrevista à televisão pública suíça de Tbilisi na segunda-feira.
A Geórgia e a Rússia tiveram uma guerra em 2008, após a qual a Rússia reconheceu as regiões georgianas da Ossétia do Sul e da Abkhazia (cerca de 20% do território) como independentes.
"Todos estão preocupados e todos estão certos em preocupar-se com o que a Rússia pode fazer e que pode envolver toda a região fronteiriça com a Rússia a partir do momento em que tenta esse tipo de guerra total, mas isso não significa que devem perder a calma e a direção", disse Zourabichvili .
A Presidente acredita que os ucranianos estão a "travar" a Rússia, que "não alcançou o seu objetivo imediato da guerra, que era obter a rendição da Ucrânia em dois ou três dias".
Os embaixadores dos 27 Estados-membros junto da União Europeia (UE) chegaram hoje a acordo para pedir à Comissão Europeia para avaliar os pedidos da Ucrânia, Geórgia e Moldova para obterem o estatuto de países candidatos ao bloco comunitário.
A este respeito, a Presidente da Geórgia disse que a guerra na Ucrânia fez com que muitos países europeus e os órgãos que lideram a UE tomassem consciência da necessidade de responder de forma diferente ao que se espera dos países que estão na fronteira da Europa, cuja adesão as candidaturas colidem com "procedimentos burocráticos".
Salome Zourabichvili também criticou o que considerou ser a falta de firmeza que o Ocidente demonstrou durante anos contra a Rússia.
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