Valdis Dombrovskis, atual vice-presidente da Comissão Europeia e primeiro-ministro da Letónia entre 2009 e 2014, alertou esta terça-feira que o presidente russo, Vladimir Putin, irá “desafiar” a aliança transatlântica NATO através dos países bálticos - Lituânia, Letónia e Estónia - se não for parado na Ucrânia.
“Se não apoiarmos a Ucrânia, isto não vai parar por lá. É evidente que Putin está agora numa espécie de clima de guerra agressivo e, infelizmente, é provável que esta agressão continue para outros países”, disse em entrevista ao jornal Politico.
O governante considerou que os três países bálticos, que fizeram parte da União Soviética, são a “preocupação”. “Se olharmos para a escalada da retórica agressiva da Rússia e até mesmo para declarações que alegam que a Rússia apoia os interesses da Bielorrússia em ter acesso ao Mar Báltico e, a crescente retórica anti-Báltico - bem, na Ucrânia começou também com o aumento da retórica anti-Ucrânia”, explicou.
De referir que os três países bálticos fazem parte da União Europeia (UE) e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês), o que poderia levar a uma intervenção dos restantes países membros.
Já na semana passada, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou que, se a Ucrânia for derrotada pela Rússia, Putin irá querer atacar o resto da Europa Oriental, a começar pelos países bálticos.
"Se desaparecermos, que Deus nos proteja, em seguida será a Letónia, Lituânia e Estónia", afirmou, sublinhando que a ofensiva russa irá “até ao Muro de Berlim”.
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