"Encorajamos a comunidade desportiva internacional a continuar a mostrar a sua solidariedade para com o povo da Ucrânia, inclusivamente apoiando a continuação do desporto ucraniano sempre que possível", assumiram, em declaração conjunta, na qual classificam de "abominável" a invasão consumada pela Rússia, com o apoio da Bielorrússia.
Segundo os ministros do desporto europeus e da Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Estados Unidos, Islândia, Japão, Liechtenstein, Noruega, Nova Zelândia, Reino Unido e Suíça, nenhum dos dois países poderá organizar qualquer evento desportivo internacional, enquanto representantes seus, individuais ou coletivos, em âmbito local ou nacional, "devem ser proibidos de competir noutros países".
"Encorajamos todas as organizações desportivas internacionais e todos os organismos legais relevantes a não sancionarem atletas, treinadores ou oficiais que decidam rescindir unilateralmente os seus contratos com clubes russos, bielorrussos ou ucranianos, bem como a não perseguirem ou sancionarem organizadores desportivos que decidam banir atletas ou equipas selecionadas pela Rússia ou Bielorrússia", acrescentam.
De igual modo, "sempre que possível", os Estados esperam "medidas apropriadas" para limitar o patrocínio e outros apoios financeiros de entidades com ligações aos dois estados prevaricadores.
Estes desafios foram feitos a todas as federações desportivas internacionais.
"Estas restrições devem ser aplicadas até que a cooperação ao abrigo dos princípios fundamentais do direito internacional se torne novamente possível", refere o documento.
O grupo de ministros justifica estas opções por considerar que "a guerra intencional, não provocada e injustificável da Rússia contra a Ucrânia, permitida pelo governo bielorrusso, é abominável e uma violação flagrante das suas obrigações internacionais".
"O respeito pelos direitos humanos e as relações pacíficas entre as nações formam a base do desporto internacional", sentenciam.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 406 mortos e mais de 800 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de dois milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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