“Voltaremos a Kyiv depois da vitória”, dizem refugiados na fronteira
Os ucranianos que estão na fronteira da Polónia estão com frio, famintos e exaustos.
© Getty Images
Mundo Rússia/Ucrânia
Refugiados ucranianos cruzaram a fronteira da Polónia a pé, com muito frio, fome e cansaço. Temperaturas abaixo de 0ºC e mulheres com os filhos mais novos ao colo e irmãos mais velhos ao lado.
Inna, de 56 anos, está acompanhada da filha Olena, de 35 anos, e a neta, Karolina, de 8, três gerações de mulheres que fugiram de Kharkiv, no leste da Ucrânia, após ter sido bombardeada.
A família admitiu ao Evening Standard que estavam há tantos dias a caminhar e sem dormir que já não sabiam que dia era. Foi preciso algum tempo para perceber que tinham saído de casa há três dias atrás.
Na fila de pessoas que tinham chegado à fronteira, estavam também uma professora de Kyiv, Aleksandra Melnyk, de 35 anos, e os seus filhos gémeos de 10 anos, Andriy e Dmytro, que deixaram a cidade na passada sexta-feira, 4 de março, e dormiram apenas duas horas. Aleksandra disse: “Voltaremos a Kyiv depois da vitória”, acrescentando: “O meu marido ficou a lutar e os meus pais não puderam viajar”.
A falar sobre os seus pais, a professora questionou: “Começaram a vida com a Segunda Guerra Mundial e agora terminam a vida assim? Eu nunca iria acreditar que usaríamos o comboio para uma evacuação. O comboio era para férias. Onde iremos agora? Depende de Deus”.
Todos dias chegam à fronteira da Polónia grupos de mulheres e crianças que deixaram os seus maridos e pais ou irmãos a enfrentar as tropas russas que invadem a Ucrânia, o que os deixa sem saber quando os verão de novo.
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