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"A III Guerra começará e só aí farão zona de exclusão mas será tarde"

Presidente ucraniano volta a apelar ao Ocidente para que aja mais rápido para travar a Rússia e diz que decisão de "fechar o céu" passa por se estar ou não unido contra o nazismo e terror.

"A III Guerra começará e só aí farão zona de exclusão mas será tarde"
Notícias ao Minuto

22:31 - 09/03/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Guerra na Ucrânia

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky voltou hoje a apelar ao Ocidente para que aja mais rápido e "feche o céu" para parar os bombardeamentos russos sobre a Ucrânia. 

Numa entrevista dada à Sky News no seu gabinete, Zelensky afirma que a cada dia que passa se torna cada vez mais tarde fazer uma zona de exclusão aérea e mais difícil de parar as investidas russas. 

O líder diz ainda não entender o medo e indecisão do Ocidente porque se trata de estar ou não unido contra o nazismo e o terror. 

"Se vocês estão unidos contra os nazis e este terror, têm que fechar. Não esperem que eu peça várias vezes, um milhão de vezes. Fechem o céu", apelou num dia que ficou marcado pelo bombardeamento de uma maternidade em Mauripol.

A correspondente da Sky News, Alex Crawford, confrontou Zelensky com as preocupações do ocidente de, ao criar uma zona de exclusão aérea, agravar o conflito e piorar a situação com a Rússia. 

"Pior para quem? Para as nossas famílias? Não... Para eles? Quem sabe... Ninguém sabe. Mas sabemos exatamente que isto agora é muito mau. E no futuro será tarde demais", respondeu. 

"Acredite, se for prolongado desta maneira... eles fecharão o céu, mas perderemos milhões de pessoas", acrescenta. 

O líder ucraniano afirma ainda que a III Guerra Mundial começará de qualquer maneira e "só aí farão uma zona de exclusão aérea - mas será tarde demais".

Aos aliados da NATO, Zelensky diz que não deveriam pedir desculpa aos pais enlutados pelo que não fizeram ontem . 

"Ontem o mundo não fez nada... lamento, mas é verdade", concluiu. 

O governo ucraniano revelou que 1.170 civis foram mortos em Mariupol desde que a Rússia iniciou a invasão há duas semanas. Há crianças entre estas vítimas e os ataques continuam diariamente. 

Leia Também: Maternidade em Mariupol destruída em ataques aéreos russos 
 

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