O objetivo é que a Ucrânia "alcance a harmonização total da sua legislação e das suas instituições no prazo de cinco anos, para que possa funcionar como um Estado-membro", refere um comunicado do governo eslovaco.
Bratislava chamou a esta iniciativa "Plano de Ação para a recuperação, reforma e adesão da Ucrânia à UE", e nela apela a uma mudança de atitude dos 27, reunidos hoje e sexta-feira, para acomodar as expectativas do acesso de Kiev ao bloco comunitário.
"A agressão militar da Rússia contra a Ucrânia deve mudar o paradigma da UE em relação às políticas de vizinhança e alargamento", defende a Eslováquia.
"Se queremos estabilizar a situação na Europa de Leste a longo prazo, a Ucrânia deve estar ancorada num processo de integração comunitária (...) e não ser deixada sozinha a fazer os 'trabalhos de casa'", defende o executivo liderado por Eduard Heger na propostas que vai levar a Versalhes.
Assim, Bratislava propõe um "roteiro rápido", com a criação, em primeiro lugar, de um fundo europeu para a reconstrução pós-guerra e de um plano de ação para ser um parceiro, que inclua medidas institucionais.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assinou a 28 de fevereiro o pedido formal para a entrada do país na UE, tendo Bruxelas recordado que "há um procedimento a respeitar", complexo e moroso.
Os chefes de Estado e de Governo da UE iniciam hoje, em Versalhes, França, uma cimeira de dois dias originalmente consagrada à economia, mas que se focará agora na defesa e energia, por força da ofensiva russa na Ucrânia.
Agendada há muito pela atual presidência francesa do Conselho da União Europeia (UE), esta cimeira era dedicada integralmente ao "novo modelo europeu de crescimento e investimento", mas a invasão da Ucrânia pela Rússia, há duas semanas, e as consequências do conflito para o bloco europeu impuseram alterações na ordem de trabalhos do encontro.
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