A autora durante 26 anos da coluna 'Ask E. Jean', da revista Elle, denunciou num livro, em 2019, que Donald Trump, na altura envolvido no mercado imobiliário, a violou nos provadores de uma loja em Nova Iorque, em 1995.
O republicano acusou a escritora de mentir e de pretender apenas aumentar as vendas de um livro que tinha acabado de escrever.
E. Jean Carroll decidiu processar Trump por difamação, em novembro de 2019, alegando que o então Presidente tinha prejudicado a sua reputação e carreira o negar a acusação, sendo que o milionário respondeu com uma queixa semelhante contra a escritora.
Agora, o juiz Lewis Kaplan, do tribunal federal do distrito sul de Nova Iorque, em Manhattan, negou dar seguimento ao processo de Trump.
Lewis Kaplan acredita que a intenção de Trump, presidente entre 2017 e 2021, é atrasar ainda mais o processo de difamação de Carrol, que poderia ter sido resolvido há muito tempo, e lembrou que o empresário milionário esperou 14 meses para registar esta denúncia.
O magistrado também indicou que o acusado não ofereceu "uma razão satisfatória" para esse atraso e que depois de Carroll entrar com a ação, este tentou evitar receber notificação da mesma, quer na sua casa em Nova Iorque, quer na Casa Branca.
O juiz criticou ainda o ex-presidente por ter atrasado o trâmite do processo ao apresentar várias moções "inconsequentes".
Na altura da denúncia de Carroll, agora com 78 anos, Trump assegurou que não conhecia a escritora, apesar de haver uma foto destes juntos e que foi publicada no livro, e que não era o "seu tipo" de mulher.
Trump sugeriu também que E. Jean Carroll estava a conspirar com o Partido Democrata para o prejudicar politicamente.
Entre os argumentos no processo, a escritora afirma que os leitores não queriam mais interagir com uma mulher que o Presidente tinha chamado de mentirosa.
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