De acordo com a AIEA, os trabalhos iniciados na noite de 10 de março por Ukrenergo conseguiram reparar uma secção da central.
"Os geradores de emergência a diesel têm vindo a fornecer energia de reserva ao local desde 09 de março, e o regulador ucraniano informou que foi fornecido combustível adicional às instalações. No entanto, continua a ser importante reparar as linhas elétricas o mais rapidamente possível", explicou a agência.
Os problemas de gestão na central nuclear de Chernobyl foram agravados pela perda de comunicação com Ukrenergo, o que significa que não podem ser fornecidas à AIEA informações sobre a monitorização.
A companhia estatal de energia ucraniana assegurou à AIEA que os trabalhos de reparação continuarão "apesar da situação difícil" fora da central nuclear. No entanto, o pessoal da central nuclear de Chernobyl, composto por 211 técnicos e guardas, vive no local há mais de duas semanas.
A esta preocupação acresce a disponibilidade de alimentos para as pessoas na fábrica, uma vez que os 'stocks' estão a esgotar-se, indicou a empresa de energia ucraniana.
As autoridades ucranianas disseram a 09 de março que as linhas elétricas da central nuclear tinham sido danificadas pelo bombardeamento russo, pelo que o fornecimento de energia para arrefecimento das barras do reator teve de ser temporariamente cortado.
Mesmo assim, a AIEA assegurou que isto não representa um risco de segurança, uma vez que os geradores de emergência estão a fornecer eletricidade no local.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 549 mortos e mais de 950 feridos entre a população civil e provocou a fuga de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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