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Avó caminha ao frio por 8 quilómetros para fugir à guerra na Ucrânia

Nikita Kuzmin relata como foi o reencontro com a sua avó numa publicação feita nas redes sociais.  

Avó caminha ao frio por 8 quilómetros para fugir à guerra na Ucrânia
Notícias ao Minuto

16:00 - 12/03/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Guerra na Ucrânia

Uma avó ucraniana conseguiu fugir da guerra na Ucrânia depois de duas duras noites sem dormir e mais de oito quilómetros caminhados ao frio. Nikita Kuzmin, bailarino de 24 anos - nascido em Kyiv - num programa de televisão britânico, relata como foi o reencontro com a sua avó numa publicação feita nas redes sociais.  

"Encontrei-me com a minha avó na Polónia! Ela é tão incrivelmente corajosa e forte, duas noites sem dormir, a andar mais de oito quilómetros ao frio, quando num dia normal, ela mal consegue andar", começou por relatar o dançarino. 

"Ela viajou de Kyiv, a minha mãe voou de Roma e eu conduzi de Frankfurt e todos nos reunimos em Cracóvia! Tão feliz por estarmos juntos", conta ainda. Nikita nasceu em Kyiv mas mudou-se aos nove anos com a família para Itália para que a irmã fosse bem-sucedida na sua carreira de bailarina. O sonho da irmã acabou por também se tornar o seu sonho e Nikita começou uma carreira de sucesso no mundo da dança.

O ucraniano relata que, apesar da felicidade de ter a avó consigo, mantém a tia e outros dois avós continuam em Kyiv.

Nikitga relata ainda as emoções que experienciou ao esperar na estação de comboios: "Quando eu estava à espera da minha mãe e minha avó na estação de comboio, fiquei imerso nesta situação pela primeira vez. Embora eu saiba que deveria estar feliz pela minha família, não consegui. Só tinha lágrimas nos olhos, por causa do quão triste é a situação. Quantos milhares de crianças e mulheres estão a fazer o possível para se manterem fortes".

"Vi pessoas a chegar da fronteira, pessoas à espera do próximo comboio para ir para algum lugar, em qualquer lugar na esperança de que, de alguma forma, as coisas ficariam bem, pessoas sem saber o que fazer, já que tudo o que eles conhecem como lar, não está mais lá", acrescentou ainda. 

O jovem bailarino afirma que toda a ajuda que viu é essencial para estas pessoas que chegam sem saber para onde ir e sem conhecer o futuro. 

A invasão russa começou na madrugada de dia 24 de fevereiro e obrigou mais de 2,6 milhões de pessoas a abandonarem a Ucrânia. 

Leia Também: Há crianças a desaparecer na fronteira ucraniana, relatam grupos de ajuda

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