O número deverá aumentar nos próximos dias, à medida que for possível fazer o levantamento dos danos causados nos distritos costeiros da província de Nampula mais severamente atingidos e que continuam incessíveis, tais como Mogincual e Liúpo - dois dos que continuam sem comunicações nem energia na província de Nampula.
Várias pessoas tentavam hoje equilibrar-se nos escombros de pontes para tentar atravessar rios naquela região.
Adultos e crianças estenderam troncos sob o rio Buenge para ligar o que resta da ponte à estrada Monapo - Mogincual.
Mais à frente, numa pequena passagem sobre o rio Anphawane, a população ajudava a passar motos de uma margem para a outra, rolando sobre escombros inclinados da ponte.
Em todas as aldeias há casas de construção tradicional (argila e caniço) derrubadas.
Apesar de o ciclone ter perdido intensidade e de ser ter transformado numa depressão, continua a provocar chuva intensa e mantém-se o alerta para uma possível subida de caudal dos rios do norte e centro de Moçambique, nomeadamente o rio Licungo.
A tempestade Gombe chegou à costa moçambicana na madrugada de sexta-feira na categoria de ciclone intenso com chuva torrencial e vento de 165 quilómetros por hora, com rajadas superiores a 200.
A tempestade atingiu Moçambique três anos depois de os ciclones Idai e Kenneth terem fustigado, respetivamente, as regiões centro e norte do país naquela que foi uma das mais severas épocas chuvosas de que há memória.
Leia Também: OIM estima 115.000 afetados pelo ciclone Gombe em Moçambique