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Ataque a Lviv confirma que "não se deve" permitir passagem de armamento

O ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Péter Szijjártó, disse hoje que o ataque russo de domingo contra uma instalação militar nos arredores de Lviv demonstra ter sido acertada a decisão húngara de não autorizar a passagem de armas em direção à Ucrânia.

Ataque a Lviv confirma que "não se deve" permitir passagem de armamento
Notícias ao Minuto

14:38 - 14/03/22 por Lusa

Mundo Péter Szijjártó

"Os ataques sublinham a importância da decisão de não deixar que o país [a Hungria] seja atravessado por armas letais, uma decisão que o Governo manterá", indicou o ministro em mensagem publicada no Facebook.

Segundo Szijjártó, o recente ataque russo à instalação militar Centro internacional para a manutenção da paz e segurança, nos arredores de Lviv, oeste da Ucrânia e que provocou pelo menos 35 mortos, "pode ser uma demonstração de que os russos querem destruir os transportes de armamento que a Ucrânia recebe do ocidente".

O chefe da diplomacia magiar indicou que o país receia colocar em risco a sua população, em particular as minorias húngaras instaladas nas regiões ocidentais da Ucrânia, caso autorize o trânsito pelo seu território de armas destinadas ao exército ucraniano.

O Governo húngaro, liderado pelo nacionalista Viktor Orbán, um dos mais próximos aliados do Kremlin na União Europeia (UE), juntou-se aos parceiros comunitários na condenação à invasão russa e aderiu às sanções de represália impostas a Moscovo.

No entanto, ao contrário de muitos outros Estados-membros da UE e da NATO, rejeita vender armas a Kiev ou autorizar o seu trânsito por território húngaro.

Desde o início da guerra em 24 de fevereiro, cerca de 10.000 pessoas têm chegado diariamente à Hungria a partir da vizinha Ucrânia, indica o Alto comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), que calcula em 246.000 o número total de refugiados que atravessaram a fronteira húngara.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 549 mortos e mais de 950 feridos entre a população civil e provocou a fuga de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

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