"Os ataques sublinham a importância da decisão de não deixar que o país [a Hungria] seja atravessado por armas letais, uma decisão que o Governo manterá", indicou o ministro em mensagem publicada no Facebook.
Segundo Szijjártó, o recente ataque russo à instalação militar Centro internacional para a manutenção da paz e segurança, nos arredores de Lviv, oeste da Ucrânia e que provocou pelo menos 35 mortos, "pode ser uma demonstração de que os russos querem destruir os transportes de armamento que a Ucrânia recebe do ocidente".
O chefe da diplomacia magiar indicou que o país receia colocar em risco a sua população, em particular as minorias húngaras instaladas nas regiões ocidentais da Ucrânia, caso autorize o trânsito pelo seu território de armas destinadas ao exército ucraniano.
O Governo húngaro, liderado pelo nacionalista Viktor Orbán, um dos mais próximos aliados do Kremlin na União Europeia (UE), juntou-se aos parceiros comunitários na condenação à invasão russa e aderiu às sanções de represália impostas a Moscovo.
No entanto, ao contrário de muitos outros Estados-membros da UE e da NATO, rejeita vender armas a Kiev ou autorizar o seu trânsito por território húngaro.
Desde o início da guerra em 24 de fevereiro, cerca de 10.000 pessoas têm chegado diariamente à Hungria a partir da vizinha Ucrânia, indica o Alto comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), que calcula em 246.000 o número total de refugiados que atravessaram a fronteira húngara.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 549 mortos e mais de 950 feridos entre a população civil e provocou a fuga de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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