No seu relatório diário sobre baixas civis, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) contabiliza 46 crianças mortas e 62 feridas.
Os dados referem-se ao período entre 24 de fevereiro, quando a Rússia iniciou a invasão da Ucrânia, e as 24:00 de domingo (hora local), correspondendo a 18 dias de combates.
Segundo a agência da ONU para os direitos humanos acredita que os números reais de baixas civis "são consideravelmente mais elevados, especialmente em território controlado pelo Governo" ucraniano, mais sujeito à ofensiva russa, "especialmente nos últimos dias".
"A maioria das baixas civis registadas foi causada pela utilização de armas explosivas com uma vasta área de impacto, incluindo bombardeamentos de artilharia pesada e sistemas de mísseis, e ataques aéreos e de mísseis", indicou o ACNUDH.
Adiantou que "a receção de informações de alguns locais onde têm ocorrido hostilidades intensas tem sido adiada e muitos relatórios ainda estão pendentes de corroboração".
A agência liderada pela ex-presidente chilena Michelle Bachelet referiu, em particular, as cidades de Izium (região de Kharkiv) e de Mariupol e Volnovakha (Donetsk), "onde há alegações de centenas de baixas civis" que não estão incluídas nos números divulgados hoje.
A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 19.º dia, provocou um número por determinar de baixas militares, além das baixas civis registadas pela ONU, forçando também 4,8 milhões de pessoas a fugir de casa, das quais 2,8 milhões procuraram refúgio sobretudo nos países vizinhos da Ucrânia.
Trata-se da pior crise do género na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão da Ucrânia foi condenada pela generalidade da comunidade internacional e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
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