A União Europeia deverá congelar os bens de Roman Abramovich ainda hoje, segundo a Reuters. Segundo fonte diplomática, citada pela agência de notícias, a decisão de sancionar o bilionário russo foi tomada domingo.
As sanções a Abramovich deverão ter efeito imediato a partir da publicação do anúncio no Jornal Oficial da União Europeia, o que, por norma, acontece até ao dia seguinte à tomada de decisão.
A confirmar-se o arresto de bens, Abramovich junta-se à lista de bilionários russos a serem sancionados devido às ligações ao Kremlin, e consequente financiamento da invasão das tropas russas na Ucrânia.
O magnata, a quem foi atribuída nacionalidade portuguesa, estará em Israel, o que faz aumentar a polémica que surgiu na sequência de notícias publicadas no país sobre a presença em território israelita de "oligarcas" russos de origem judaica.
Abramovich, cidadão de Israel desde 2018, é neste momento a segunda pessoa mais rica daquele país.
Dois dias antes da invasão da Ucrânia pela Rússia, o magnata fez uma doação milionária ao Museu do Holocausto de Jerusalém (Yad Vashem) mas a instituição decidiu renunciar o dinheiro e anunciou duas semanas depois da invasão que cortava relações com Abramovich.
Os Estados Unidos instaram recentemente Israel a juntar-se aos países que avançaram com sanções contra a Rússia e os magnatas ligados ao regime de Vladimir Putin.
Hoje, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Yair Lapid, disse que o país "não vai servir de via para iludir as sanções impostas à Rússia pelos Estados Unidos e outros países ocidentais".
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