O Tribunal Internacional de Justiça irá pronunciar-se sobre o caso que a Ucrânia interpôs contra a Rússia na próxima quarta-feira, dia 16 de março, segundo avança a agência de notícias Reuters.
Na audiência de 7 de março, a Ucrânia pediu ao tribunal das Nações Unidas que ordenasse a “cessação de atividades militares” à Rússia e defendeu que a “invasão foi baseada numa interpretação errada” do que é um genocídio.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou a 27 de fevereiro - três dias após o início da ofensiva militar russa - que a Ucrânia recorreu ao Tribunal Internacional de Justiça, em Haia, contra a Rússia. Na altura, Zelensky afirmou que a Rússia “tem de ser responsabilizada por manipular a noção de genocídio para justificar a agressão”.
A primeira audiência decorreu a 7 de março e ficou marcada pela ausência da delegação da Rússia em tribunal. Na quarta-feira passada, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia considerou que o processo não tem “fundamento” e é “absurdo”, razão pela qual “decidiram não comparecer” à audiência.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que, nos últimos 19 dias, já foram registadas pelo menos 1.761 vítimas civis: 636 mortos e 1.125 feridos.
Já as autoridades ucranianas revelam que cerca de 90 crianças morreram no conflito e que só em Mariupol - onde não tem sido possível chegar ajuda humanitária - já morreram mais de 2.500 civis.
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