"Organizámos 26 corredores humanitários e, desta forma, os autocarros puderam evacuar um grande número de pessoas. Podemos dizer que foram cerca de 150 mil pessoas", avaliou o adjunto da administração presidencial ucraniana, Kyrylo Timochenko.
Estes corredores foram instalados nas regiões de Kiev, Soumy, a 350 quilómetros da capital, Kharkiv, no nordeste do país, e Zaporojie, a este, precisou Timochenko.
Também nas regiões de Donetsk e Lougansk, dois territórios separatistas pró russos, na Ucrânia, os corredores permitiram ajudar os civis a fugir aos combates, assegurou.
Em Marioupol, porto estratégico sitiado pelas tropas russas, cerca de 160 veículos puderam deixar hoje a cidade via um corredor humanitário em direção a Zaporojie, segundo o município desta cidade no sudoeste da Ucrânia.
Timochenko confirmou ainda que as pessoas conseguiram sair de Marioupol usando as viaturas próprias.
Na sexta-feira, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tinha estimado que cerca de 100 mil pessoas tinham deixado cidades ucranianas através de corredores humanitários.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, desencadeando uma onda de críticas da generalidade da comunidade internacional.
A guerra na Ucrânia entrou hoje no 19.º dia, mas ainda se desconhece o número de mortos e feridos, que a ONU disse que poderão ser da ordem dos milhares.
Ainda segundo a ONU, a guerra provocou mais de 4,8 milhões de desalojados, dos quais 2,8 milhões fugiram para países vizinhos, na pior crise do género na Europa em mais de 75 anos.
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