Moscovo isola-se mais do mundo "a cada míssil" que lança durante a guerra
O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse hoje que a Rússia se isola mais da comunidade internacional "a cada dia e a cada míssil que lança na Ucrânia", prometendo trabalhar em conjunto com a Turquia por um cessar-fogo imediato.
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Mundo Olaf Scholz
"Os ataques da Rússia à Ucrânia continuam e concordamos que deve haver um cessar-fogo imediato", vincou Olaf Scholz, no final de um encontro com o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que decorreu em Ancara.
Para o governante alemão, "todos os dias, a cada míssil que lança, a Rússia isola-se da comunidade internacional".
"Incitamos o Presidente russo [Vladimir Putin] a acabar com isto imediatamente", acrescentou.
Olaf Scholz agradeceu também à Turquia pelos seus esforços na mediação entre Moscovo e Kiev, salientando ainda a importância de Ancara em fechar o estreito de Bósforo para a passagem de navios de guerra russos e ucranianos, para evitar uma escalada do conflito.
O alemão lembrou que o seu governo destinou um orçamento adicional de 100.000 milhões de euros para as suas Forças Armadas e que pretende reforçar a capacidade da NATO na sua fronteira a oriente.
"Somos dois países importantes da NATO e estamos a avaliar o que podemos fazer juntos", garantiu, por seu lado, o chefe de Estado turco.
No entanto, quando questionado sobre a compra de armas da Rússia, Erdogan defendeu que "é cedo" para falar sobre o assunto.
Recep Tayyip Erdogan elogiou os avanços nas relações bilaterais com a Alemanha, o principal mercado das exportações turcas e o seu principal parceiro comercial.
O governante alemão também concordou com a presente harmonia entre estas nações, embora tenha lembrado que não concorda com o turco em questões como o estado de direito e os direitos humanos.
Scholz defendeu o legado da sua antecessora, Angela Merkel, que assinou o acordo com a Turquia sobre refugiados sírios e a política para ajudá-los na Turquia, em vez de facilitar sua chegada à Alemanha.
O chanceler alemão frisou ainda a necessidade de aumentar a produção de energia eólica e solar e de diversificar a origem dos combustíveis fósseis, através de terminais em África, para "não depender da Rússia e poder tomar medidas autónomas, sem estarem ligadas a circunstâncias geopolíticas".
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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