Segundo notíciou no seu 'site' o canal de televisão norte-americano, os Estados Unidos já estão a transmitir as informações recolhidas aos seus aliados da NATO.
Ainda não é certo que a China pretenda fornecer esta assistência a Moscovo, referiram as fontes norte-americanas familiarizadas com este assunto.
O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos alertou esta segunda-feira o mais alto quadro da diplomacia chinesa para um eventual apoio de Pequim à Rússia, na invasão da Ucrânia, após informações sobre potencial apoio militar chinês a Moscovo.
Jake Sullivan e o chefe do gabinete do Partido Comunista da China para os Assuntos Externos, Yang Jiechi, reuniram em Roma, numa altura em que o governo de Joe Biden manifesta preocupação com a aproximação de Pequim a Moscovo.
Joe Biden tem trabalhado para isolar e punir a Rússia pela sua agressão à Ucrânia, mas embora as autoridades tenham transmitido que o Presidente chinês está alarmado com o que se sucedeu desde a invasão russa, há poucos dados que indiquem que a China está preparada para cortar completamente o seu apoio.
Para as autoridades norte-americanas, este cenário deixa em aberto a possibilidade de a China ajudar a prolongar um conflito sangrento que está a matar cada vez mais civis.
Os EUA já transmitiram aos seus aliados na Europa e na Ásia, através de um telegrama diplomático, que a China transmitiu abertura para ajudar a Rússia, após Moscovo solicitar apoio militar.
Nesta comunicação, os EUA também alertaram que a China iria provavelmente negar esta assistência, acrescenta a CNN que cita fonte diplomática.
Outra das fontes indicou que a liderança do Partido Comunista Chinês não está de acordo sobre como responder ao pedido de assistência da Rússia.
Segundo duas autoridades norte-americanas, o desejo da China de evitar consequências económicas pode limitar o seu desejo de ajudar a Rússia, acrescenta a CNN.
"Há uma preocupação real, por parte de alguns, de que o seu envolvimento possa prejudicar as relações económicas com o Ocidente, do qual a China depende", realçou uma das fontes.
As autoridades também estão a monitorizar se a China fornece algum alívio económico e diplomático à Rússia de outras formas, como através votos de abstenção nas Nações Unidas.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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