Kremlin acusa jornalista de vandalismo, mas não revela o seu paradeiro
Marina Ovsyannikova, que invadiu uma emissão de televisão russa em protesto contra a guerra na Ucrânia, encontra-se desaparecida há, pelo menos, 12 horas.
Mundo Marina Ovsyannikova
O Kremlin pronunciou-se esta terça-feira sobre a jornalista, Marina Ovsyannikova, que invadiu uma emissão de televisão russa em protesto contra a guerra na Ucrânia.
Segundo avança a agência Reuters, o Kremlin acusa Marina de "hooliganismo", um comportamento caracterizado por atos de vandalismo e violência. "No que diz respeito a esta mulher, trata-se de hooliganismo", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, citado pela agência.
Além da acusação, Peskov fez ainda um elogio ao Channel One, onde a jornalista era editora, pela "qualidade, programação objetiva e oportuna". "O canal e aqueles que o devem fazer vão investigar a situação", continuou, em declarações aos jornalistas.
A declaração não revela, no entanto, onde se encontra a jornalista detida, após ter sido noticiado que esta estava desaparecida há, pelo menos, 12 horas.
Antes da invasão à emissão russa, a jornalista gravou um vídeo no qual disse que o que estava a acontecer na Ucrânia era "crime" e disse ter vergonha de trabalhar para um canal - Channel One - que chamou de propaganda do Kremlin.
O Channel One segue as diretrizes do Kremlin de que o que se passa na Ucrânia não é nem uma guerra nem uma invasão, mas sim uma "operação militar especial" com vista a desmilitarizar e "desnazificar" o país.
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