Bielorrússia acusa Ucrânia de lançar míssil em direção ao seu território

O Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, acusou hoje a Ucrânia de ter lançado um míssil contra o seu território, mas que acabou por ser intercetado e abatido pelos bielorrussos, segundo a agência de notícias russa Tass.

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Lusa
15/03/2022 14:43 ‧ 15/03/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

Segundo o Presidente bielorrusso, aliado do chefe de Estado russo, Vladimir Putin, as forças armadas ucranianas lançaram um míssil do tipo Tochka-U na direção da Bielorrússia, embora tenha sido abatido pelas forças nacionais de defesa aérea sobre o território de Pripyat, na fronteira entre os dois países.

"Eu avisei que seríamos empurrados para esta operação [militar], para esta guerra", disse o Presidente bielorrusso, segundo a agência de notícias russa.

Lukashenko declarou que este caso ocorreu apenas "dois dias depois de outro lançamento noturno de um míssil Tochka-U (...)".

Em relação às sanções que o Ocidente aprovou contra a Rússia e que também afetam o seu país, Lukashenko expressou confiança que Minsk e Moscovo poderão adaptar o sistema de acordos internacionais para a realização de pagamentos, segundo a agência de notícias russa Sputnik.

"Precisamos adaptar os pagamentos. Temos inteligência suficiente, tanto entre os nossos especialistas no Banco Nacional quanto no Governo, para resolver esse problema. Estamos a resolver", acrescentou o Presidente bielorrusso.

Lukashenko lembrou que a Bielorrússia importa 90% do que necessita para a indústria da Rússia e os russos são o principal mercado para os produtos bielorrussos.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 691 mortos e mais de 1.140 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 4,8 milhões de pessoas, entre as quais três milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

Leia Também: "Maioria dos bielorrussos são contra a invasão"

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