Moscovo propõe resolução "humanitária" no Conselho de Segurança da ONU

A Rússia vai propor aos Estados-membros do Conselho de Segurança da ONU que votem, na quarta-feira, uma resolução "humanitária" associada à "operação militar especial" na Ucrânia, anunciaram hoje diplomatas russos.

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Lusa
15/03/2022 15:45 ‧ 15/03/2022 por Lusa

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Durante um encontro com jornalistas, o embaixador russo junto da ONU, Vassily Nebenzia, lamentou que a França e o México tenham desistido de submeter à votação o seu projeto de resolução sobre ajuda humanitária após 15 dias de discussões, preferindo solicitar uma votação direta na Assembleia-Geral das Nações Unidas.

"Vamos propor o nosso próprio projeto humanitário", disse Vassily Nebenzia, sublinhando que desde a apresentação pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, de uma resolução sobre ajuda humanitária, Moscovo sempre disse que estava disponível para uma possível adoção.

O vice-embaixador russo junto da ONU, Dmitry Polyanskiy, confirmou, por sua vez, que a Rússia formalizará a sua proposta de resolução "humanitária" ainda esta tarde, para ser votada na quarta-feira.

A França e o México ainda não propuseram qualquer data para a votação na Assembleia-Geral da ONU do seu projeto de resolução.

Em 02 de março, a Assembleia-Geral aprovou por maioria um texto que condenava a Rússia pela invasão da Ucrânia, com 141 votos a favor, cinco contra e 35 abstenções.

A Rússia é um dos cinco membros permanentes (com poder de veto) do Conselho de Segurança da ONU, órgão máximo das Nações Unidas devido à sua capacidade de fazer aprovar resoluções com caráter vinculativo.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 691 mortos e mais de 1.140 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 4,8 milhões de pessoas, entre as quais três milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

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