"Hoje, cerca de 20.000 pessoas deixaram Mariupol de carro num corredor humanitário. Dos 4.000 carros que saíram da cidade, 570 já chegaram a Zaporizhzhia", perto de 230 quilómetros a noroeste, disse Kyrylo Tymoshenko, citado em comunicado.
No total, cerca de 29.000 pessoas foram retiradas de várias cidades cercadas em todo o país apenas hoje, segundo a mesma fonte.
No início da tarde, o município de Mariupol havia informado que 2.000 viaturas tinham deixado a cidade e que outras 2.000 aguardavam para fazer o mesmo.
Na segunda-feira, 160 viaturas deixaram a cidade portuária, onde as condições são catastróficas após vários dias de bombardeios e cerco pelas forças russas e pelos aliados separatistas pró-Russia, que forçam os habitantes a viver escondidos no subsolo.
O corredor humanitário pelas caravanas de viaturas liga Mariupol a Zaporizhzhia (noroeste), via Berdiansk, cerca de 270 quilómetros de estrada.
Após uma série de fracasso, por falta de um cessar-fogo russo-ucraniano, a evacuação acelerou em Mariupol, enquanto os habitantes revelam escassez de água e comida.
O bombardeio russo a uma maternidade na última semana provocou protestos internacionais.
O governador da região, Pavlo Kyrylenko, também afirmou hoje que as forças russas estavam a manter os funcionários num hospital de Mariupol e 400 residentes "reféns" dentro da instalação, acusações que não puderam ser verificadas de forma independente.
Localizada a cerca de 55 quilómetros da fronteira russa e a 85 quilómetros da zona separatista de Donetsk, Mariupol é a maior cidade ainda nas mãos Kiev na bacia do Donbass, que também inclui a região de Lugansk.
A tomada por Moscovo desta cidade portuária, povoada antes da guerra por 450.000 habitantes e localizada às margens do mar de Azov, seria um importante ponto de virada na invasão da Ucrânia.
A captura de Mariupol permitiria fazer uma ligação entre as forças russas provenientes da Crimeia anexada, que já tomaram os portos de Berdiansk e Kherson, e as tropas separatistas e russas no Donbass.
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