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Papa pede perdão pelas mortes e violência na Ucrânia e evoca Caim e Abel

O Papa Francisco realizou hoje uma oração pela paz, pedindo "perdão" pelas mortes e violência na Ucrânia enquanto evocava Caim e Abel.

Papa pede perdão pelas mortes e violência na Ucrânia e evoca Caim e Abel
Notícias ao Minuto

11:19 - 16/03/22 por Lusa

Mundo Oração pela paz

"Senhor Jesus, nascido sob as bombas de Kiev", "morreu nos braços da mãe num 'bunker' em Kharkiv", "enviado para a frente aos 20 anos, tenha piedade de nós!", afirmou o Papa, visivelmente emocionado, lendo a oração de um bispo italiano pela Ucrânia no final da sua audiência semanal no Vaticano.

Francisco pediu perdão em nome dos humanos que "continuam a beber o sangue dos mortos dilacerados pelas armas" e cujas mãos "criadas para proteger se tornaram instrumentos de morte".

O líder de 1,3 mil milhões de católicos em todo o mundo "implorou" também a Deus para "parar a mão de Caim", pedindo perdão "por se continuar a matar o irmão e se continuar, como Caim, a atirar pedras do nosso campo para matar Abel", numa referência ao personagem bíblico, filho mais velho de Adão e Eva, que matou o seu irmão mais novo.

"E quando se conseguir parar a mão de Caim, tem de se cuidar dele também. Ele é nosso irmão", acrescentou Francisco.

"Perdoe-nos se (...), pela nossa dor, legitimamos a brutalidade dos nossos atos", sublinhou o Papa diante de milhares de fiéis reunidos no salão Paulo VI, alguns dos quais seguravam bandeiras ucranianas.

No domingo, o Papa Francisco multiplicou os apelos pela paz na Ucrânia, o que tem feito regularmente desde a invasão russa àquele país e pediu para "se parar o massacre".

A Rússia lançou, a 24 de fevereiro. uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou quase 700 mortos civis e mais de 1.100 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de quase cinco milhões de pessoas, entre as quais três milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

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