"Cerca de 100.000 refugiados ficaram na República da Moldova (...). Estamos perante um verdadeiro drama humano", disse Maia Sandu, no final de uma reunião com o seu homólogo da Roménia, Klaus Iohannis, em Chisinau, capital da Moldova, citada pela agência espanhola EFE.
Perante tal cenário, Maia Sandu solicitou o auxílio dos Estados-membros da União Europeia (UE) para responder ao grande fluxo de refugiados ucranianos que fugiram para a Moldova por causa da invasão russa.
A Moldova, que faz fronteira com a Ucrânia e com a Roménia, é o país mais pobre do continente europeu e é também o país que mais refugiados recebeu nas últimas semanas em proporção com a população residente.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de 4,8 milhões de pessoas, mais de três milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, e muitos países e organizações impuseram à Rússia sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 21.º dia, causou um número ainda por determinar de mortos e feridos, que poderá ser da ordem dos milhares.
Embora admitindo que "os números reais são consideravelmente mais elevados", a ONU confirmou hoje pelo menos 726 mortos e 1.174 feridos entre a população civil, incluindo várias dezenas de crianças.
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