O Supremo Tribunal de Justiça do país anunciou na quarta-feira, através da rede social Twitter, que o juiz decidiu aceitar o pedido de extradição dos EUA.
Procuradores de Nova Iorque acusaram Hernández nos últimos anos de financiar a sua ascensão política com lucros de narcotraficantes, em troca da proteção para os carregamentos de droga.
A ex-primeira-dama Ana García disse a jornalistas locais, ao deixar o tribunal, que estava confiante de que o marido seria considerado inocente.
"Lamento que isto aconteça com alguém que foi aliado" dos Estados Unidos, disse García. "Se hoje eles fazem isso com alguém que deu o peito às balas, o que podemos esperar?", questionou.
Dirigindo-se ao tribunal, Hernández defendeu que as acusações são baseadas em declarações de traficantes de drogas que o seu Governo extraditou e que agora procuram vingança.
O ex-Presidente negou ter qualquer relação com traficantes de drogas.
"Ainda temos um recurso que deve ser analisado", disse Iván Martínez, um dos advogados de Hernández. "Temos três dias para analisar a decisão tomada hoje [quarta-feira] e apresentar o nosso caso de acordo com a lei", acrescentou.
Hernández deixou a presidência das Honduras em janeiro, após terminar um segundo mandato, e foi detido em casa a 15 de fevereiro, a pedido do Governo dos EUA.
O irmão do ex-Presidente, Juan Antonio "Tony" Hernández, foi condenado à prisão perpétua por acusações de drogas e armas em março de 2021.
Leia Também: Tribunal do Camboja condena 21 opositores ao Governo por traição