"Quando fui em fevereiro a Moscovo e a Kyiv foi porque pensei que tinha uma 'carta' para jogar e que havia ainda uma oportunidade. Continuo a fazê-lo, falando várias vezes com ao Presidente [ucraniano Volodymyr] Zelensky, com quem vou falar daqui a umas horas, mas enquanto não houver uma cristalização de alguma coisa de tangível, seria em vão [ir a Kyiv] e espero fazê-lo na melhor altura", disse Macron aos jornalistas.
Macron organizou hoje uma conferência de imprensa em Aubervilliers, nos arredores de Paris, para apresentar o seu programa como candidato às eleições presidenciais em abril.
Petro Poroshenko, ex-presidente ucraniano, voltou a convidar Emmanuel Macron para ir até Kyiv e o líder francês, embora diga que "não excluiu nada", considera que este não é o melhor momento para ir até à capital ucraniana.
"A França está ao lado da Ucrânia e vamos continuar. Decidimos sancionar a Rússia e vamos fazer tudo para travar esta guerra, mas eu sei que o povo russo não é isto", indicou Emmanuel Macron.
Vladimir Putin tem uma "responsabilidade funesta" nesta guerra por opor povos irmãos, disse ainda o Presidente francês.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 726 mortos e mais de 1.170 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 4,8 milhões de pessoas, entre as quais três milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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