"Por parte do presidente Putin não há vontade de procurar a paz"

O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, frisa que "os factos mostram-nos que, desde o início da invasão, há uma determinação de continuar a guerra e não procurar a paz".

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Márcia Guímaro Rodrigues
17/03/2022 18:54 ‧ 17/03/2022 por Márcia Guímaro Rodrigues

Mundo

Mario Draghi

O primeiro-ministro de Itália, Mario Draghi, considerou esta quinta-feira que o presidente russo, Vladimir Putin, não tem “vontade de procurar a paz” no conflito da Rússia com a Ucrânia, mas sim de “continuar a guerra”.

“Hoje todos procuramos a paz, mas infelizmente o presidente Putin não quer a paz”, começou por afirmar o ministro em conferência de imprensa, citado pelo jornal italiano Corriere della Sera.

O ex-presidente do Banco Central Europeu reconhece que a “situação deu origem à escassez no fornecimento de vários produtos, como gasolina, gasóleo, eletricidade, gás e produtos alimentares” e frisa que “as sanções muito severas” impostas à Rússia “sem dúvida, também têm consequências” para os outros países, incluindo Itália.

Contudo, frisa que as “sanções são adequadas e podem ser reforçadas no futuro, se a evolução da guerra assim o exigir”. “Trabalhamos pela paz, mas por parte do presidente Putin não há vontade de procurar a paz, há vontade de continuar a guerra”, atirou.

Fazendo referência ao quarto dia consecutivo de negociações entre as delegações russa e ucraniana, Draghi afirma que os “discursos sobre melhorias e avanços nas negociações de paz foram negados esta manhã pela própria Rússia”. 

“Nas conversas, parece abrir-se uma esperança que é logo negada. Os factos mostram-nos que, desde o início da invasão, há uma determinação de continuar a guerra e não procurar a paz”, reiterou.

Assinalam-se hoje três semanas desde o início da invasão russa da Ucrânia. Ao 22.º dia de guerra, mais de três milhões de pessoas abandonaram o país e pelo menos 780 civis morreram e cerca de 1.200 ficaram feridos, segundo os mais recentes dados da Organização das Nações Unidas (ONU).

Leia Também: AO MINUTO: Cruz Vermelha sai de Mariupol; "Reunião especial" com Putin?

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