"Sem dúvida, a atual tensão geopolítica vai ter consequências, mas gostaria de realçar que a Federação Russa está comprometida com o cumprimento das suas obrigações contratuais com outros países, disse Alexandr Novak, vice-primeiro-ministro russo, segundo um comunicado oficial.
No texto, Novak acrescentou: "Os fornecimentos de energia pela Rússia vão continuar estáveis".
Há uma semana, o presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto de "medidas especiais", em que autoriza o governo a proibir exportações de produtos e matérias-primas para garantir a estabilidade da economia russa, perante as sanções ocidentais.
O presidente de EUA, Joe Biden, já anunciou que o seu país iria proibir as importações norte-americanas de "petróleo, gás e energia" procedentes da Federação Russa pela sua intervenção militar na Ucrânia.
A este propósito, Novak garantira então que Moscovo tem todo o direito a tomar medidas se se impuserem restrições às suas exportações energéticas, como um embargo ao gás que exporta para a Europa através do gasoduto Nord Stream.
Novak realçou que com sanções mútuas sobre o gás "ninguém ganha (...) apesar de os políticos europeus, com as suas reclamações e acusações, estão-nos a empurrar para isso".