Regulador britânico revoga licença da cadeia de televisão russa RT

O regulador das comunicações no Reino Unido (Ofcom) revogou a licença da cadeia de televisão RT, fundada e financiada pelo Estado russo, quando está a decorrer investigações sobre a sua cobertura da guerra na Ucrânia.

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Lusa
18/03/2022 09:37 ‧ 18/03/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

 

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"O Ofcom revogou hoje a licença de transmissão da RT [antiga Rússia Today] no Reino Unido", declarou o regulador britânico num comunicado, referindo que não é mais "adequado ou apropriado" transmitir o canal no país após a invasão russa na Ucrânia.

O regulador das comunicações do Reino Unido afirmou que a decisão ocorreu após a abertura de 29 investigações sobre a imparcialidade das notícias da RT e a cobertura de assuntos atuais da invasão da Ucrânia pela Rússia.

"Nós não estamos convencidos que a RT possa ser uma emissora responsável nas atuais circunstâncias. O Ofcom está, portanto, revogando a licença da RT para transmitir com efeito imediato", referiu a nota.

A transmissão já havia sido interrompida no início de março no Reino Unido, sendo o canal russo acusado pelo Governo britânico de divulgar a "propaganda tóxica" de Moscovo em sua guerra contra a Ucrânia e alvo de múltiplas investigações do Ofcom.

O Ofcom observou que "as novas leis na Rússia criminalizam qualquer tipo de jornalismo independente que se destaque do discurso dos 'media' do Estado russo".

"Nestas condições, parece impossível para a RT cumprir as regras de imparcialidade do nosso Código de Transmissão", concluiu o regulador.

"A liberdade de expressão é algo pela qual lutamos com unhas e dentes neste país", disse a diretora do Ofcom, Melanie Dawes.

Inaugurada em 2005 como "Russia Today", a RT cresceu com emissoras e portais na internet em vários idiomas, incluindo inglês, francês, espanhol, alemão e árabe.

No início de março, o canal foi proibido de transmitir na União Europeia (UE), acusado de ser um instrumento de "desinformação" de Moscovo na sua guerra na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro.

Leia Também: Proibição de canais russos abre precedente e deveria ter sido debatida

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