AO MINUTO: Mais de 100 crianças mortas; Rússia e Ucrânia perto de acordo?

Acompanhe aqui AO MINUTO os mais recentes desenvolvimentos sobre a guerra na Ucrânia.

Notícia

© Getty Images

Hélio Carvalho
20/03/2022 08:29 ‧ 20/03/2022 por Hélio Carvalho

Mundo

Ucrânia/Rússia

A dramática crise humanitária que se vive em Mariupol continua a concentrar as atenções na Ucrânia. Dezenas de milhares de pessoas continuam presas nas ruas da cidade, agora envoltas em luta constante, sem comida e sem água. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que os "crimes de guerra" em Mariupol "serão recordados durante séculos", à semelhança dos cercos brutais a cidades ucranianas e russas na Segunda Guerra Mundial.

Na capital, Kyiv, as sirenes de bombardeamentos não param de soar e a cidade acordou com mais prédios arrasados, mas os russos continuam com muitas dificuldades em cercar.

Desde o início da guerra morreram 902 civis, incluindo 140 crianças, segundo as contas da Organização das Nações Unidas (ONU). O número de refugiados aumentou para mais de 3,3 milhões de pessoas.

Acompanhe aqui AO MINUTO os mais recentes desenvolvimentos sobre a guerra na Ucrânia:

15h00 - Boa tarde. Terminamos por agora a cobertura iniciada esta manhã sobre a invasão russa na Ucrânia. Pode continuar a seguir esta tarde as principais notícias neste link.

14h55 - Ministério de Defesa britânico publicou o mapa atualizado da "invasão ilegal e não-provocada" na Ucrânia

14h55 - Zelensky prolonga lei marcial por 30 dias a partir de 26 de março

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, prorrogou hoje a lei marcial no país por 30 dias, a partir de 26 de março, devido à continuação da guerra com a Rússia, noticiou a agência Ukrinform.

14h52 - França congela cerca de 850 milhões de euros de ativos russos

França congelou cerca de 850 milhões de euros em ativos de oligarcas russos, que incluem iates, apartamentos e contas bancárias, no âmbito da guerra na Ucrânia, anunciou hoje o ministro da Economia e Finanças francês, Bruno Le Maire.

14h45 - Centenas manifestam-se em Madrid contra "guerra de Putin"

Centenas de pessoas manifestaram-se hoje em Madrid para pedir a paz na Ucrânia e rejeitar "a guerra de Putin", numa mobilização convocada pelo Movimento pela Paz e pelos sindicatos UGT E CCOO, que foi apoiada por representantes políticos da esquerda.

14h31 - Ucranianos em zonas controladas pela Rússia protestam ocupação

Os ucranianos retidos em cidades ocupadas pelo exército russo não param de se manifestar contra a invasão, apesar dos ataques e da máquina de propaganda russa. Este domingo, o Kyiv Independent dá conta de vários protestos em zonas ocupadas, nomeadamente em Kherson, onde a dissidência contra os russos continua desde que a cidade foi ocupada nos primeiros dias da guerra.

Já uma deputada colocou um vídeo no Twitter de um grupo a cantar o hino ucraniano em Kherson.

No entanto, em cidades como Berdyansk, os protestos pacíficos foram recebidos com violência por parte das tropas russas. Um vídeo, verificado por jornalistas internacionais, mostra dois manifestantes presos no chão e agredidos por russos.

14h07 - ECDC prepara "orientações gerais" sobre respostas a dar aos refugiados

A ministra da Saúde, Marta Temido, adiantou, este domingo, que o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) está a preparar “algumas orientações gerais” sobre as respostas que devem ser garantidas em matéria de saúde aos estrangeiros em contexto de proteção temporária.

13h50 - Ministra da Saúde quer estado vacinal dos refugiados ucranianos avaliado

A ministra da Saúde, Marta Temido, disse hoje que os serviços portugueses de saúde vão ter em atenção o estado vacinal de todas as pessoas que cheguem a Portugal, provenientes da Ucrânia.

13h33 - Número de mortos civis aumenta para 902

O comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos informou este domingo que o número de mortos entre civis aumentou para 902, mas alerta, como tem sido habitual, que dadas as dificuldades em contabilizar o número de mortos em bombardeamentos - especialmente em zonas ocupadas -, o número real deverá ser substancialmente maior.

13h09 - Guerra provocou 10 milhões de deslocados

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) afirmou este domingo, citado pela agência France Presse, que a guerra já obrigou mais de 10 milhões de pessoas (cerca de um terço da população ucraniana) a abandonar as suas casas. Cerca de 3,4 milhões fugiu do país - mais de 60 mil abandonaram a Ucrânia no sábado.

Entre os 3,4 milhões que fugiram do país, 90% são crianças ou mulheres, já que os homens entre os 18 e os 60 anos são obrigados a estar disponíveis para as forças armadas.

12h30 - Mais de 100 militares e "mercenários estrangeiros" mortos em Jitomir

Mais de 100 militares e "mercenários estrangeiros" ucranianos foram mortos num ataque a um centro de treino de forças de operações especiais na região norte de Jitomir, anunciou hoje o Ministério da Defesa russo.

11h56 - Papa pede fim de "massacre sem sentido"

Na oração do Angelus deste domingo, o Papa Francisco voltou a apelar ao fim da guerra "repugnante" na Ucrânia, afirmando que a invasão russa é "um massacre sem sentido". "A agressão violenta contra a Ucrânia não está infelizmente a abrandar. É um massacre sem sentido no qual todos os dias homicídios e atrocidades estão a ser repetidas", afirmou este domingo, aos peregrinos na Praça de São Pedro.

11h47 - Tropas russas terão atacado lar de idosos, matando 56 pessoas

O governo ucraniano, através do Twitter do serviço estatal de comunicações, afirmou este domingo que as tropas russas atacaram um lar de idosos em Kreminna, na região de Lugansk. Os ucranianos alegam que o ataque foi feito "com um tanque, cínica e deliberadamente".

O ataque, que ainda não vou verificado por órgãos internacionais, terá morto os 56 idosos a viver no local. Os 15 sobreviventes foram "raptados pelos invasores e levados para território ocupado em Svatove", também na região de Lugansk.

11h30 - Boris Johnson incita a China a condenar a invasão russa

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, pediu hoje à China para se posicionar e condenar a invasão russa à Ucrânia, avançou a agência France-Presse (AFP). Em entrevista ao The Sunday Times, Boris Johnson apelou à China, aliada estratégica de Moscovo, e a outros países, que não se posicionaram, para se juntarem aos países ocidentais na condenação à invasão russa.

11h10 - Baixas russas estarão próximas das 15 mil

As Forças Armadas Ucranianas, na sua atualização diária citada pelo Kyiv Independent, contam este domingo que as tropas russas terão sofrido cerca de 14.700 - um número disputado pelos invasores, que alegam um número consideravelmente mais reduzido. Foram também abatidos 96 aviões, 118 helicópteros, mais de 470 tanques e mais de 1400 veículos de transporte de soldados.

Nos dez anos que durou a Guerra no Afeganistão, entre 1979 e 1989, a União Soviética perdeu cerca de 15 mil soldados.

10h52 - Rússia e Ucrânia perto de acordo sobre questões "importantes e críticas"

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, Mevlut Cavusoglu, disse que a Rússia e a Ucrânia estão a aproximar-se de um acordo sobre questões “críticas” e que espera um cessar-fogo caso não haja um recuo.

10h45 - Dona da Sagres diz não depender de fornecimentos das zonas em conflito

A Sociedade Central de Cervejas e Bebidas (SCC), dona da Sagres, não prevê, até ao momento, problemas de fornecimento de matérias-primas, uma vez que não depende dos fornecimentos da Ucrânia e Rússia, disse hoje à Lusa fonte oficial.

10h13 - David Cameron chegou à Polónia para entregar donativos

O antigo primeiro-ministro britânico David Cameron terminou a viagem em direção à Polónia ao serviço da Cruz Vermelha, para entregar bens essenciais doados ao povo ucraniano a um armazém na fronteira. Cameron - que foi líder do partido conservador, antes de se demitir após a vitória do Brexit - viajou a partir de Oxfordshire, em Inglaterra, com dois colegas.

9h41 - Rússia alega novo ataque com míssil hipersónico

O ministério da Defesa da Rússia alegou este domingo que voltou a usar mísseis hipersónicos Kinzhal na Crimeia, além de mísseis de cruzeiro a partir dos mares Negro e Cáspio. Segundo o porta-voz do governo, citado pela Sky News, o alvo foi uma infraestrutura militar, sem especificar qual.

A confirmar-se, terá sido a segunda vez que os russos usaram esta tecnologia militar inovadora e de contra-ataque difícil - a primeira foi na sexta-feira, para destruir um depósito de armas subterrâneo ucraniano.

9h15 - Contas do parlamento ucraniano dão conta de pelo menos 115 crianças mortas

8h54 - Zelensky concentra serviços televisivos

Depois de usar a lei marcial para suspender a atividade de partidos pró-russos, o presidente ucraniano assinou uma medida extraordinária que procura combinar todos os canais de televisão nacionais numa única plataforma, criando uma "política de informação unificada", segundo um comunicado citado pela Reuters.

8h40 - Ataque a albergue militar faz 40 mortos

O New York Times noticia esta manhã que, segundo fontes do exército ucraniano, um ataque na sexta-feira a um albergue militar em Mykolaiv matou 40 soldados, enquanto estes estariam a dormir.

8h20 - Guerra não para agricultura. Ucrânia quer atingir 70% das colheitas de 2021

Segundo o Kyiv Independent, citando o governo ucraniano, o país vai lançar um plano de subsídios a produtores agrícolas para atingir 70% das colheitas do ano passado, mesmo perante um cenário de destruição numa grande parte do país.

8h15 - Mais um casamento em plena guerra

Desde o início da guerra que surgiram vários relatos de casamentos em plena linha da frente, enquanto bombardeamentos são ouvidos ao longe. Foi também esse o caso do casamento entre o soldado Andriy e a agora militar Iryna, que foram casados pelo comandante das forças armadas ucranianas enquanto Kyiv está debaixo de fogo.

7h49 - Escola de artes com 400 civis bombardeada em Mariupol

Depois do teatro, uma escola. Os russos terão bombardeado uma escola de artes em Mariupol, onde estavam abrigadas 400 pessoas. Numa declaração no Telegram, as autoridades locais contaram que há mulheres, crianças e idosos "debaixo dos escombros" e não se sabe quantos morreram.

7h42 - Rússia manterá destruição indiscriminada

Na sua atualização diária sobre a guerra na Ucrânia, o Ministério da Defesa britânico alerta que, dado o escasso avanço das tropas russas em várias direções, os ataques indiscriminados a civis deverão aumentar. "A Rússia continuará a usar o seu poder de fogo pesado para apoiar ataques a áreas urbanas, à medida que procura as suas já consideráveis baixas, em prol de mais baixas civis", afirma a inteligência do Reino Unido.

7h30 - Zelensky diz que "crimes de guerra" russos em Mariupol "ficarão na história"

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse hoje que o cerco russo de Mariupol "ficará na história por crimes de guerra", mas disse que "é necessário" continuar as negociações com Moscovo.

7h25 - Suspensa a atividade de vários partidos ligados à Rússia na Ucrânia

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje a suspensão da atividade de vários partidos políticos com ligações à Rússia, numa altura em que está em vigor na Ucrânia a lei marcial.

7h20 - Suíça disposta a acolher negociações de paz com a Rússia

O Presidente suíço, Ignazio Cassis, assegurou que a Suíça "está disposta" a tornar-se um mediador na resolução da guerra na Ucrânia e anunciou a abertura do país para acolher negociações entre Kyiv e Moscovo.

7h15 - Austrália proíbe exportações de alumínio e bauxite para a Rússia

A Austrália adotou hoje novas sanções económicas contra a Rússia em resposta à invasão da Ucrânia, proibindo as exportações de alumínio e bauxite com efeito imediato, e comprometendo-se a fornecer mais armas e ajuda humanitária a Kyiv.

7h05 - Para recordar:

7h00 - Bom dia. Recomeçamos para este sábado a nossa cobertura AO MINUTO sobre a invasão russa na Ucrânia. Pode recordar a cobertura da noite de sábado aqui.

Leia Também: AO MINUTO: Poroshenko insta Biden a ir à Ucrânia; 6 mil civis retirados

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas