"A agressão violenta contra a Ucrânia não pára. Um massacre sem sentido em que as atrocidades se repetem todos os dias e não há uma justificação para isso. Peço aos atores da comunidade internacional que se comprometam em acabar com esta guerra repugnante", disse, depois de rezar na Praça de São Pedro.
O pontífice lamentou que esta semana tenham sido novamente "lançados mísseis e bombas contra idosos, crianças, mães, mulheres grávidas", e frisou que este sábado visitou o hospital Bambino Gesu onde estão internadas algumas crianças ucranianas vítimas dos bombardeamentos.
Também recordou os milhões de refugiados que fugiram e que perderam tudo, e expressou a "sua dor" por aqueles que não podem escapar.
"Os idosos, as crianças, as pessoas frágeis são deixados para morrer sob bombas sem receber ajuda e sem segurança, nem mesmo de um abrigo antiaéreo", disse o Papa, que se referiu aos bombardeamentos como "algo desumano" e um "sacrílego, porque vai contra a sacralidade da vida humana".
"É cruel, desumano e um sacrílego", repetiu, num dos seus apelos mais duros desde o início da guerra, embora, novamente, sem referir diretamente a Rússia.
O pontífice argentino assinalou que os padres estão próximos da população ucraniana, apelando a que a população não se habitue à violência e à guerra e pediu atenção a todas as mulheres e crianças que fogem para que não caiam nas mãos "dos abutres da sociedade", num alerta para o perigo do tráfico humano.
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