A marcha, que juntou cerca de 800 pessoas, começou no Círculo das Bellas Artes e desceu pela Calle Alcalá até chegar à Puerta del Sol.
Ao longo da marcha, que decorreu sem incidentes, os participantes ouviram e cantaram canções como "Canto à liberdade", de José Antonio Labordeta, e "Have you ever seen the rain", dos Creedence Clearwater Revival, enquanto agitavam panos e cartazes em que se pedia a paz e se condenava a invasão russa da Ucrânia.
Francisca Sahuquillo, presidente honorária do Movimento pela Paz - uma das entidades que convocou a marcha -, disse aos jornalistas que a sociedade civil "terá de fazer o que não foi feito na diplomacia preventiva", e destacou que o motivo da mobilização é que a guerra "pare" e depois se discuta "que tipo de Europa se pretende".
"O povo de Madrid tem de dizer que esta guerra tem de parar, que já obrigou mais de dois milhões de ucranianos a deixarem o seu país. As suas cidades estão a ser destruídas", salientou.
Por seu lado, Jesús Gallego, secretário de Relações Internacionais da UGT, lamentou que a classe trabalhadora ucraniana seja "quem está a pagar as primeiras consequências" da guerra, e saudou o papel dos cidadãos russos que se manifestam "contra essa invasão ilegal".
"Os restantes trabalhadores da Europa também vão pagar as consequências de uma guerra que não é para a classe trabalhadora", criticou.
Na mesma linha, Carmen Vidal, secretária de Participação Institucional do CCOO, considerou "inadmissível" a "agressão" da Rússia contra a Ucrânia e também demonstrou apoio ao povo russo, que sofre "feroz repressão" por parte do regime do Presidente Vladimir Putin.
Vidal também defendeu a "via diplomática" como solução para o conflito e instou a União Europeia a entrar na negociação.
A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 25.º dia, provocou um número ainda por determinar de baixas civis e militares, assim como mais de 3,3 milhões de refugiados.
A ONU considera que se trata da pior crise do género na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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